domingo, 21 de abril de 2013

RESERVA BIOLÓGICA E ARQUEOLÓGICA DE GUARATIBA (RBAG)

Você Sabia...?



A Reserva Biológica de Guaratiba foi criada em 1974, pelo Decreto nº 7.549, de 20 de novembro de 1974, objetivando, prioritariamente, a preservação dos manguezais e dos sítios arqueológicos de grande valor histórico para o Estado.



Com uma área de aproximadamente 3600 hectares (36km2), a Reserva Biológica e Arqueológica de Guaratiba está localizada na zona oeste do município do Rio de Janeiro, litoral Nordeste da baía de Sepetiba, abrangendo terrenos de marinha, que são, parcialmente, ocupados pelo Exército.

Caracteriza-se pela extensa cobertura de manguezais, uma das mais preservadas do Estado, que se tornou local de abrigo de inúmeras espécies raras da fauna e flora, ameaçadas de extinção.  A região foi o último local de ocorrência no Rio de Janeiro do guará, ave que originou o topônimo Guaratiba, que significa “abundância de guarás”. Nos limites da área foram encontrados 34 sambaquis, vestígios de grupos humanos pré-históricos de tradição tupi-guarani, que habitavam a área em regime de seminomadismo.

O acervo dos artefatos arqueológicos encontrados nesses sambaquis está sob a guarda do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista.
Nos meandros dos rios, encontra-se vegetação de manguezal de porte arbóreo, que chega a atingir 8 metros de altura. As espécies frequentes são o mangue-vermelho, na faixa mais próxima da água, o mangue-branco, localizado na faixa intermediária do manguezal, além do mangue-siriúba,que se fixa nas áreas mais próximas da terra firme.

Na zona de transição entre o mangue e a terra firme surgem espécies típicas de matas alagadas ou de restingas, como a taboa e o pau-de-tamanco, entre outros. Nos substratos mais sólidos ocorrem espécies de fauna como o mexilhão, a ostra, os crustáceos típicos como o guaiamum, o uçá, os siris (Callinectis danae e C. Sapidus) e os chama-marés (Uca leptodactylla, U. Marcovanii e U. rapax).

A avifauna é riquíssima e ainda abriga diferentes tipos de aves, como o raro colhereiro. É área de nidificação de aves paludícolas e ponto de repouso e alimentação de aves migratórias. Lá, podem ser encontrados com frequência o sebinho-do-mangue, o pica-pau-anão, a viuvinha e o socó-dorminhoco. Entre as espécies migratórias, surgem o maçarico-de-coleira, o maçarico-de-peito-branco e a batuíra.

O maior destaque entre os répteis é o jacaré-do-papo-amarelo, também ameaçado de extinção. Entre os mamíferos, destacam-se a irarae a raríssima e bela lontra, que encontra na reserva um de seus últimos redutos.
Chefe da Unidade: Felipe de Souza Queiroz
Esfera Administrativa: Estadual – Secretaria de Estado do Ambiente – SEA

Órgão Gestor: Instituto Estadual do Ambiente – INEA
Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas – DIBAP
Categoria: Proteção Integral

Endereço: Estrada da Matriz, nº 4.485 – Guaratiba 
Horário de Funcionamento: 08 h às 17 h
Visitação: Agendamento por telefone
Telefone/fax: (021) 3406-7988
E-mail: felipeief@yahoo.com.br

Observação: De acordo com o parágrafo 2º do Art. 10 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, as visitas nesta Unidade de Conservação só ocorrerão com objetivo educacional.

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